28 de jul. de 2008

pelo ACRE...



Sim, os Los Porongas passaram o mês de julho sem dar satisfação aqui no blog, rsrs. É que o Acre é assim, rapaz! Se quem náo é de lá quando vai pira, os que conhcem aquelas bandas quando voltam se "intertem" como se diz na cultura seringalesca.



Foi ótimo rever os amigos, a família e perceber o quanto as pessoas no Acre acreditam nesse sonho de música chamado Los Porongas. Nos contatos com a imprensa, em casa e mesmo na rua uma coisa foi comum a todos os porongas, o incentivo proveniente da fé das pessoas. E no Acre essa conversa de fé é forte. Pense na força!

A melhor maneira que tínhamos de retribuir isso, obviamente, era em cima do palco. Então depois de mais de 60 shows pelos palcos do país, lá fomos nós levar de volta, ao nascedouro, nossas canções e em meio aos shows, os encontros produtivos com quem realmente acredita que a arte É fundamental.


23/06 - Show da Hora - Mercado Velho



Voltar pra casa e tocar pra cerca de 5 mil pessoas é no mínimo desejável. O show foi um verdadeiro reencontro marcado pelo frio do tempo e pelo calor das pessoas. Depois de uma apresentação matadora da Filomedusa, nós subimos ao palco, ao anoitecer.


O motivo do show, a mudança do fuso no Acre, ainda é o tema de um debate pra lá de acalourado nas terras de Galvez. Difícil para quem está vivendo em São Paulo saber qual o impacto do adianto de uma hora no relógio.


Maná Iago, afilhado do João



Sinceramente não sei o que pensam as crianças que agora acordam no escuro pra ir à aula. Não sei também como uma alteração na vida de tantas pessoas é aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República sem sequer uma consulta pública.

Como o Zen (Filomedusa) depois do show




Nem sei mesmo por que foi preciso tanta pressa do senador Tião Viana em aprovar esse projeto. O discurso oficial de conexão do Acre com o resto Brasil até fazia sentido, mas os bancos continuam fechando as duas horas da tarde!



Como diria um pensador acreano chamado Toinho Alves, os Los Porongas são Rock Arond the Clock! Seríamos? Sei do rock e que os relógios apesar de continuarem os mesmo não marcam mais a mesma hora de outrora, ainda que um certo ar de incomodação paire no ar.
Será que rola um plebiscito?



04/07 - Sexta Se Toca - DCE-UFAC

Voltar à UFAC é sempre ter acesso àquelas sessões de cinema mentais onde o filminho da sua vida passa em segundos. Foi lá que a primeira canção que fiz com João foi apresentada ao vivo, foi lá que a música me pegou de jeito, foi lá que a política a ciência e a filosofia começaram a se transformar em arte para não parar mais.

Noite com Nicles - numa pegada muito mais rock e decantando uma notável evolução musical -, Filomedusa e Los Porongas.





Kiurio Farias, Nicles - Poesia em esporro





Thiago Melo, Filomedusa - baquetas criativas em locomotiva

Era a primeira edição itnerante do projeto cultural Segunda se Toca, que tem se confirmado como um espaço da música alternativa e de outras manifestações artísticas em Rio Branco.



No início da primeira música, depois de um grito, fiquei completamente afônico. O show seguiu na força com vocais imprescindíveis: os do público e a voz do João. Foi emocionante ver as pessoas cantando naquelas condições. Mais emocionante ainda foi saber que já passava das 23h e ninguém arredou o pé. Aquele palquinho do DCE abrigou por volta de 400 pessoas realmente interessadas nos shows.



João guitarrando com Lucas

Noite boa pra UFAC que agora tem um DCE que tem como medidas prioritárias fechar a sala de sinuca e promover retiros espirituais. E a letargia reina pelos corredores.

12/07 - Los Porongas Convida - Teatrão



Voltar ao palco do teatrão, o mesmo em que lançamos o nosso disco era muito significativo. O show foi uma celebração à música, ao Acre e à amizade.


Teatrão lotado e no palco com Los Porongas, algumas das inúmeras pessoas que contribuíram com sua arte, sua mágica e sua amizade para o sonho que se faz ouvir nos palcos do Brasil.

Glauber: fã, amigo, ou guitar hero?




Glauber Jansen, o primeiro cara que se disse fã dos porongas e hoje é considerado um dos melhores guitarristas da nova safra de músicos do Acre, tocou as seis cordas eletrificadas enquanto em enquanto uns dormem, o João tocova piano; Aarão Prado assumiu os vocais em Como o Sol numa interpretação emocionante;


Edunira Assef cantou Come Together comigo e no improviso lembramos de Zé Alexandre, ativista homossexual que foi assassinado com requintes de crueldade há quase um mês em Rio Branco. Alguma coisa está realmente fora da ordem!


A novidade da noite foi quando Hermógenes, o ex-batera do grupo Capú subiu ao palco para realizar um sonho antigo, tocar junto com o anzol em duas baterias simultaneamente. Rolou bonito!



O show do Teatrão contou com patrocínio da Novesa Veículos, Sulatina Móveis, FAAO - Faculdade da Amazônia Ocidental, Trilha Ambiental; e apoio da Center Outdoor, Segunda se Toca, Coletivo Catraia e Governo do Estado.


Fica aqui também nosso agradecimento especial à Jackie Pinheiro, Thiago Ranzi, Diego gurgel, Camila Cabeça e todo mundo que pegou firme na produção!



Fotos de Renato Reis, Val Fernandes, Debora Mangrich e Diego Gurgel


As próximas datas do porongas são 17 de agosto, Rumos Itaú Cultural em São Paulo e 23 de agosto na Obra em BH. E o som segue alumiando o caminho.
diogo