26 de mar. de 2006

31/03 - INAUGURAÇÃO DO GALPÃO DAS ARTES
companhia de teatro vivarte + los porongas
rua eduardo assmar, antes da gameleira, bem no cemitério das mangueiras...
mais informações a partir de terça-feira

de repente I

los porongas - enquanto uns dormem “... um mosaico poético que de resto se espalha de maneira ubíqua por todo o cd, como uma pletora intensa de exaltação à palavra concebida com maestria e exatidão, dando estofo sublime a canções idem...” Humberto finatti – coluna zap’n’roll – site da revista dinamite ihttp://www.dynamite.com.br/portal/view_coluna_action.cfm?id_colunista=23&id_show=426 grata surpresa a resenha do finas! Aquilo que nos dizia, há três anos, que a estrada é torta mas é essa, só ganha força com essas notícias. A resenha ganhou a atenção da mídia local (página 20 e a tribuna) e pode ser conferida em matéria no site notícias da hora: http://www.noticiasdahora.com/noticias.asp?n=10092&t=3

de repente II

porongas no destaque do trama virtual abro o e-mail dos porongas e me deparo com a mensagem de dois thiagos: um longuini e outro lucena... “estamos felizes de ver vcs em destaque no trama! parabens!!!!!!!!!!!!!!!!créditos ao macapá! pow parabens do fundo do coraçao agente se ve no acre.. tamo em sao paulo agora mais agnete se ve. fuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii”

1º - até agora não me lembro quem é o tal do macapá! (será que é uma confusão ou uma alugação trocando o nome das capitais? Rs rs rs)

2º - digito http://www.tramavirtual.com.br/

3º - percebo que os thiagos não estavam brincando...

4º - vejo e ligo pros outros porongas dizendo que a banda figurava no quadro de destaque do tramavirtual, com a mãozinha amarela indicando que o som é massa.

5º - pra fechar a tampa: das 20 bandas que ficam em destaque... o acre, com os porongas, é o primeiro da lista! http://www.tramavirtual.com.br/destaques.jsp

o bacana é que o tramavirtual tem mais de 23 mil artistas cadastrados e que apenas alguns têm o selo de qualidade do site. essa foi outra grata surpresa, nesse domingão pós show, que comemoramos com todos os fãs e com todos aqueles que acreditam na força da música independente, bem como os que põe fé no emplumado sonho de asas da música acreana!

ESSA É UMA VITÓRIA FORA DO EIXO, C#%@*☼§!!!!!!!

sobre os shows na uninorte e festa do sol

24/03 – sexta, na uninorte já passava das nove quando eu, o joão chegamos à uninorte. márcio e anzol já estavam por lá... devo dizer que na chegada, a impressão da estrutura não foi das melhores. o palco conseguido pela organização se perdia no vão do estacionamento da uninorte, colocado sob um poste de luz branca que matava uma porcentagem considerável da luz cênica que fora montada. contudo, um bom público se fazia presente. lá estavam alunos, professores e curtidores de música com suculentos copões de cerveja na mão trocando idéia, comentando sobre as bandas, interagindo... enfim, o clima universidade/bicho-grilo/papo-cabeça (isso é um elogio!) era muito agradável.

a sufrágio, banda do baixista newton, contando com o “onipresente” vitor na batera, fazia sua penúltima música, com um arranjo que chamou a atenção. logo em seguida, os caras se despediam com uma música do rpm.

em seguida entraram os brothers da dona xica botando a galera pra dançar com um repertório de músicas próprias e mais uma marca da banda: execuções de uma de suas maiores influências, os cariocas do rappa. pescador de ilusões, que costuma soar over, em razão de sua ultrapopularização decorrente do sucesso d’o rappa mundi, formou um bonito coro de universitários musicais. a dona xica se despediu, sob aplausos de um público ainda muito distante do palco, com uma versão para maneiras, música recentemente interpretada pelos petardos do santa marta no disco o silêncio que precede o esporro.

já eram mais de 10 e meia quando os porongas tocaram o primeiro acorde. retrato calado foi a escolhida pro começo. por sorte, o público atendeu ao chamado de aproximação, o que deixou o clima muito mais quente e proporcionou um melhor aproveitamento da estrutura de som, relativamente pequena para um espaço aberto. quando o show começou percebemos, os quatro, o quanto tinha valido à pena topar tocar naquele evento. o cachê foi a diversão de um show “entre amigos” e pessoas que nunca tinham visto a banda ao vivo; a força pra um movimento acadêmico que tem tudo pra continuar e dar mais certo; a interação com a sufrágio e dona xica, mais uma vez. noite universitária na total acepção da palavra (total, não porque não tocamos raul, e show que não tem raul não é plenamente uiversitário! rs rs) e que foi terminar lá pras tantas depois de meia-noite, com um público animado (nessa hora os copões de cerveja começavam a surtir efeito, assim como os de vinho... inclusive no autor destas linhas tortas, rs rs). o fato do público ter nos deixado muito à vontade propiciou bons improvisos. do que resta na memória, faço conta do que rolou em homem amarelo, pedida com veemência pelo manoel, técnico da james som, com direito à participação especial da equipe de sonorização (beto e cássio) com efeitos na voz, na caixa e viagens de luz na volta pro refrão. e come together (oferecida pro bala – isso é o que eu chamo de integração com o metal) com espasmos rítmicos do anzol que embalaram um medley poético-acreano. passeio pela poesia dos camundogs e do mapinguari blues: “os meus sonhos se perderam no momento em que você reconheceu meus erros por amor ou prazer... / quero ter pra onde ir, quero ter pra quem rezar / quero ter como fugir...” / / “quem tem o sol? / quem tem a lua? / quem é a estrela que realmente um dia possa nos levar daqui?”

pontos de vista de pontos diversos de pontos

  • louvável a iniciativa do dce da uninorte nos quesitos diversão, entretenimento, arte-cultura, incentivo à bandas novas;
  • duca, também, a atenção e boa vontade da talita e da janaína (uninorte) na negociação com as bandas, no respeito com todos os artistas que se apresentaram e tb pelo esforço em fazer com que tudo estivesse de acordo com o que deve ser (palco, som/luz, programação);
  • parabéns ao público presente que prestigiou as bandas, principalmente as mais novas, dando crédito ao trabalho dos rockers/ac de plantão;
  • a dedicação da equipe james som, que mesmo surpreendida com o fato dos shows serem em lugar aberto, o que requer uma estrutura maior do que a foi pra lá, tirou leite de pedra e provou porque tem sido a equipe que mais trabalha com as bandas em rio branco;
  • a uma poesia do omar salomão, pendurada num mural por lá;
  • é bom pensar em outro lugar dentro da faculdade pra realização dos próximos eventos, contudo, se for rolar lá de novo, a dica é de mais um item imprescindível, que funcionou muito bem na ufac: uma tenda montada resolve o problema, porque as bandas e seus equipamentos não ficam no sereno e o público naturalmente se chega mais!

25/03 – sábado, na festa do sol

círculo militar, carros, gente, música, gente, gente e gente. putz, a festa boa quando entra em serviço não brinca. Mesmo com outros eventos na cidade o que tinha de gente festando na associação dos militares não era brincadeira. parece que quando junta o elvis, o joel e o brito o negocio não é cair na noite mas amanhecer nela. e não era esse o motivo de tantos telões, dj’s, tendas e inclusive, a gente estar ali? era. então... que viesse o sol.

já eram quase duas horas quando subimos ao palco. a festa tava lotada e a pista de dança idem, apesar do desconcerto da atoladinha, bola de fogo e outros personagens deploráveis se fazerem presentes logo antes do show de uma banda de rock. mas os caras acham que o funk carioca é como radiohead, todo mundo gosta e, dependendo do disco, da pra ouvir a qualquer hora! detalhe mínimo. quando o riff de não há ecoou no circulo militar, a eguinha pocotó passou por lá e levou seus parceiros embora. Começava a cena rock do espetáculo. a receptividade do público foi muito intensa, o que mais uma vez nos deixou emocionados. detalhe para o magrão, mais dançante que de costume e para a indianordestinizada do jota (with a incidental song, asa branca, by luiz gonzaga) na introdução de ao cruzeiro.

somado às boas notícias que recebemos essa semana, o show de ontem foi a comprovação de que o rock acreano realmente está ultrapassando fronteiras... não há – o escudo – lego de palavra – tudo ao contrário... começou assim e terminou em subvertigem, um ponto final mais continuando que tudo, apontando pro futuro. a noite de ontem teve um doce sabor de caminho certo. na passagem de som, mais cedo, tínhamos percebido que ia ser uma pancada. deu pra afinar as poucas, mas eficientes lâmpadas pares, criando climas estáticos de azul, âmbar e luz branca; deu pra pra sentir a pressão do ampli do magrão e a lapada da guitarra do joão, graças ao “santo glauber”. pra quem não sabe, o glauber, nosso brother, emprestou o cubo dele pro joão fazer o show;

tirando o cubo que a equipe disse que ia mandar e não mandou (o que fez com que a operação “cubo do glauber” tivesse que ser desencadeada às pressas) o som foi do caralho. a compensação para o estresse da “operação cubo” veio com a estréia do microfone pra captação de guitarra, que o biau trouxe da sua última viagem à sampa. o joão parece ter gostado do resultado. e quando o assunto é som é sempre bom lembrar que quem faz som é gente, portanto vale dizer que o tigrão e o natalino, os técnicos da biau som, não só foram gentis, como embarcaram em todas as nossas viagens pacientemente, desde a afinação da iluminação até os ajustes dos timbres de cada instrumento;

só tinha cineasta por lá ontem! queremos ver as filmagens do nóis e nóis!!! quem tiver fotos e quiser nos enviar o endereço é: losporongas@gmail.com
finalizando em mosaico de cores e letras.saudações amazônicas e fora do eixo!

o imagético concretismo da dualidade

a dúvida, a divisão, há dois

o céu e o inferno...

[o ambar e o azul

o som e a luz ]

] a [
m ú
s i c a e a p o
e s i
a...
as almas serão salvas pelo caminho do meio...

prenúncia das metafísicas orientais...

salvem-se os poetas

pela antítese

e pelo paradoxo...

saudações amazônicas entre o céu e o inferno!