Bem, embarcamos para o Mada com as mais incertas das expectativas, sem a menor idéia do que poderia acontecer nas terras potiguares.
“Senhoras e senhores, bem vindo a Brasília, temperatura 13 graus. A Gol, na sua maneira inteligente de ser...”, chega de aeromoça. Longa pausa de 14 horas em Brasília, para seguirmos com a conexão para Natal. Aproveitamos o ensejo para nos reunirmos com o Fernando Rosa (Senhor F Discos) e acertar os detalhes da gravação do 2º CD. Fernando aparece e seguimos para o seu apartamento, com o mesmo orientando o taxista quanto as tradicionais coordenadas de qualquer endereço brasiliense: “siga para Norte, C, 408, 245°, f(x) 23,7, lat 23, longit. 32,6.” Chegando lá, um café da manhã típico de metrópole nos aguardava. Conversa vai, conversa vem, ouve isso, saca aquilo, e tal. Conhecemos a Bete, esposa do Fernando, super serena, bem acostumada com o trâmite musical das bandas que já passaram por ali. O telefone do Fernando toca, é o Plebe Rude Philippe Seabra. “Ok, Philippe, já, já estaremos aí”.
Chegada em Natal, alguns problemas com a recepção por parte da organização, que não estava muito afim de nos recepcionar – afinal, o que mais podemos esperar de quem está esperando uma banda do Acre? O hotel é do caralho, beira-mar, ao fazermos o check-in, começa o show do Rappa. O local dos shows era ao lado do hotel. Muita barulheira, muita gente, muito grave, e os caras entoando aquilo que já fazem há mais de treze anos. Ainda bem que os caras tocaram plugados, sem aquelas mangofas do acústico.
Na madrugada, ainda rolou um momento all beatles onde trombei com a galera do Cachorro e da MTV no saguão do hotel, que possuía um maravilhoso piano Fritz Dobert de cauda. Dele, entoamos vários clássicos dos fab four, até sermos quase que apreendidos pela segurança, já que eram quase seis da manhã.
Visita da galera do Acre no hotel
O que isso tem a ver com os textos???...
"Breve" retorno
O Sábado começou por volta das 13h, com uma rápida ida à praia, e um delicioso ( e barato) rodízio de camarão. Nos shows da noite, Nando Reis deu a tônica da música honesta no festival.
4 da madrugada, hora de voltar pra casa. “Senhoras e senhores...” , pode falar à vontade agora, moça, porque a vista do mar com o dia nascendo é incrível.
Em Brasília, novamante a longa conexão de 14 horas, fomos ao apê do Fernando, dormimos um pouco, almoçamos um feijão preto com arroz e lingüiça deliciosos, preparados com muito carinho pela Bete, que, segundo o Diogo, tem um “jeito de mãezona”. Conversamos um pouco mais, acertamos alguns detalhes, e embarcamos de volta.
Início da odisséia da volta
Ah, pra variar, ainda iríamos ouvir às orientações dos comissários de bordo mais umas trinta vezes, já que um overbook nos desviou para Manaus e nos fez aguardar cerca de 1 hora em Porto Velho, movidos de muito ânimo e disposição.
Brincadeiras à parte, ânimo e disposição já não haviam mais, porém a felicidade e sensação de dever cumprido, que independem de tudo, reinavam nos quatro corações de cada um da banda.
Valeu, Natal!